sábado, 13 de novembro de 2010

RELATO DO PROJETO EM PÉ DE IGUALDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAÇÃO-FACED/PROJETO IRECÊCURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA– SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL CICLO CINCO -2010.2PROFESSORA: MARISTELA MIDLEJ
ATIVIDADE: GEAC: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TIC
CURSISTA: NAURA CÉLIA DOS SANTOS DA SILVA

RELATO DO PROJETO EM PÉ DE IGUALDADE
Sabemos que a sociedade brasileira por mais que tenha o conhecimento, a valorização e o respeito para lidar com as diferenças ainda é notório encontramos pessoas que deixam transparecer o preconceito de uma forma ou de outra no seu cotidiano. Tais atitudes raciais podem ser percebidas logo nos primeiros anos de vida, as vezes, a própria família introduz esses valores nas crianças e estas costumam levar isso para dentro da escola. Em casa, os pais dizem não gostar dos negros, ou têm atitudes que reforçam isso. Quando chegam à escola, os alunos não respeitam professores negros, ou se afastam de coleguinha afro descendentes. Na Educação Infantil, o primeiro desafio é o entendimento da identidade. A criança negra, precisa se ver como negra aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, propomos esse projeto, para que durante o segundo semestre, pudéssemos estar contribuindo de forma significativa para a construção da identidade, da auto-estima positiva e dessa forma, os alunos e alunas possam compreender-se, aceitar-se, gostar de si e de sua história.
Esse projeto foi realizado na Escola Marcondes Batista Félix com os alunos dos grupos 4 e 5, onde sou a professora regente da classe. Trabalhar com o projeto Em Pé de Igualdade foi muito oportuno logo as crianças mesmo sendo ainda pequenas para entender o significado do preconceito, o mais importante foi aproximá-las dessa cultura rica ao qual fazemos parte e, no entanto, nós adultos as vezes não, nos aceitamos como um povo com características e culturas afro-descendente.
Na roda de conversa, apresentei o projeto, fiz questionamentos, realizei leituras de revistas, jornais e livros literários para que as crianças se reconhecessem (ou não) no material exposto. Textos e imagens que valorizaram o respeito às diferenças. Utilizaram a câmera digital para fotografar os coleguinhas. Pesquisamos os tipos de animais e vegetação do continente africano através de imagens do computador, obras de artes de artistas negros bem sucedidos, colagens, montagem de painéis e telas, músicas afro, danças tradicionais da cultura africana, brincadeiras, culinárias e representações teatrais com bonecos negros. Nesse percurso foi possível observar o envolvimento de todos os profissionais da instituição, as crianças mais seguras e orgulhosas dos seus pertencimentos étnico-raciais. E pais participantes e envolvidos com as atividades pedagógicas desenvolvidas do projeto.

Um comentário:

Maristela Midlej disse...

Oi Naura,

Vá em frente, e sempre que possivel, aproveite as potencialidades das tecnologias digitais nas atividades pedagógicas.

Experiências como a sua na Educação Infantil precisam ser socializadas na rede para servirem de inspiração para outros professores.

abs,
Maristela

abs,
Maristela